SOLTAS NEM BREVES III
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Equilibrios, coisas frágeis, momentos instantes que deviam ter alguma duração: são tão fugazes que acordamos de um e está o mundo ás avessas, tudo de pantanas, pratos das balanças baldeados, mecanismos desconjuntados.
Tristezas e delirios. A cada virgula a cada passo . Por entre esplanadas, ou areias, ou praias, chilreares agudos dos putos berrantes, virares errantes de páginasem aberto destinadas a preenchimentos liricos ou brutos fisicos constantes.
Espera aí que vou ali.
-Amanhã traz-me os textos?
A retoma da terceira pessoa, uma como outra forma de afastar e mostrar desinteresse. Antes, no entrar tinha sido disparado:
-Julguei que já não vinha! Trataram-no mal!?
-Eu estou cá sempre!
Que sim que traz os textos. E mais as criticas! Pode ser? Ou outra pergunta mais provocadora.
Pode, todas...venham elas...
Se me trataram mal...Não, ninguém me tratou mal. Só se foi a ausência "dela" que me tratou mal, a cada vez que lá fui e não estava. Portanto, vê?, nem sequer deixei de ir! E, além do mais, talvez não se recorde como nos atravessámos, ontem, na rua. E cumprimentei-a. Bem me queria parecer que a conversa em que ia embrenhada era muito importante. Devia ser, se ia absorta, concentrada...
Não viu...se viu, não ligou.
É sempre assim? Altiva e distante quando lhe interessa? Sorridente ás vezes, não sei quando, mordaz quando a satisfaz? Ou sou só eu em descambadas escritas, na distancia do tempo refugiadas, a rabujar contra o morno do tempo k passa, morno nos aconteceres, que o fresco se instala lá fora...
Nunca é demais esperar, mais um pouco que seja, mesmo sem certezas. E dosear, ou tentar, as amplitudes de impulsos reflectidos em dizeres.
Mais tento mais tanto.
Praia de Santa Cruz, quinta-feira, 17 de Agosto de 1995...Claudio Barros..."To the pretty girl with the pretty eyes"P.
