segunda-feira, 18 de fevereiro de 2008

Doce do meu coração


Não é por questão de preços
Que há tantos filhos da mãe!
È que, quem tem adereços
Nem sempre sabe que os tem...


PS: Há mais marés que marinheiros e nós prometemos algo uma á outra...
www.apipadaestrela.blogspot.com

Luta interior


Sinto amargura, quando estás ausente,
E espero-te em fogueiras de ansiedade.
Não consegue alcançar serenidade ,
Longe de ti, meu coração doente.

Sinto amargura, quando estás presente,
Porque queima a tua frialdade.
E não vislumbra assim a felicidade,
Ao pé de ti, a minha alma descrente.

Amarga, mais amarga do que o fel,
Há luta dentro de mim, luta cruel,
Indomável, Feroz, dilacerante!

Longe ou perto, que interessa que tu estejas,
Se, para mim - seja o que for que sejas-
Ès sempre o rasto de um cometa errante?



> Jaime Umbelino >

Pop Opera - Jornal o Expresso



Liza não é rapariga para ficar nervosa, mas naquele dia nem nem o seu espirito de nariz em pé evitou um incómodo remoinho no estomago. Eram 10h da manhã e a rua dos Caetanos, no Bairro Alto, enchia-se de jovens com pretensão a cantores, a maioria com extenso curriculo em formação musical. Liza Veiga, então ainda chamada Lisa Mara, menina de Torres Vedras, 19 anos surgia perante o juri de admissão ao Conservatório Nacional de musica de Lisboa com apenas dois meses de preparação em canto lirico. Depois de uma juventude dedicada ao Fado decidira ser cantora de opera.
Lembra-se de cada pormenor daquele dia em que firmou uma opção de vida. Levantou-se as 7h da manhã, falou pelos cotovelosem jeito de aquecimento e rumou a Lisboa. Enquanto esperava ouvia a prova dos outros concorrentes, duzentos e tal para apenas 17 vagas. A sua vez chegou depressa, só ela perante o friso do juri e uma ária em Italiano para cantar-não dominava nem o género nem a lingua. Ficou em primeiro lugar.
Passaram seis anos. Desde então já realisou uma duzia de récitas de opera "A Flauta Mágica" de Mozart, no papel de Rainha da Noite, em vários palcos; cantou a Kate do musical de Cole Porter "Kiss me Kate", no teatro S. Luiz; esteve em digressão na Alemanha, durante cerca de um ano, com a opereta "O Fantasma da Opera", no papel de protagonista Christine.
"Percebi imediatamente que tinha uma voz enorme cheia de potencialidades", lembra o tenor e professor José Carlos Xavier, que integrava o juri do conservatório, tornando-se depois o seu unico tutor. "Tem uma sumptusidade vocal e uma intuição rara, que a leva a assimilar tudo com enorme facilidade, e uma apetência para o palco fora do normal".
Liza reconhece a atracção pelas luzes da ribalta, fruto talvez da aprendizagem infantil. Aos quatro anos começou na patinagem artistica, aos seis foi para o teatro, aos 14 iniciou-se no Fado que a levaría a cantora habitual no restaurante "O Forcado".
"Um dia estava afónica com gripe e tinha uma apresentação e ninguem para me substituir. Tive de tomar uma injecção de cortisona", conta Liza. Para confirmar o regresso da voz acompanhou Shara Brightman e Andrea Bocelli que tocavam no leitor de CD. "Fiquei espantada com os agudos que consegui atingir. Foi assim que descobri os meus dotes operisticos". A herança musical só a encontra na avó de Lamego , que cantava para os ceifeiros na época das colheitas.
Em seis anos de conservatório, que termina dentro de alguns meses, aprendeu a potenciar o dom. Leu tudo sobre opera, tornou-se fluente em italiano e alemão-linguas essenciais para perceber as principais arias- descobriu no chá de gengibre o estimulante das cordas vocais. A par de voz, trabalhou tambem a imagem, que se quer vaidosa , de Diva. O corpo esguio, de longo cabelo Ruivo e imperfeições maquilhadas é vestida em exclusivo pela estilista Susana Agostinho.
"Este ano ficou entre as melhores 8 vozes femininas, em 152, no Concurso Internacional de Canto de Bilbau", lembra o professor com orgulho. Não demonstra igual entusiasmo pelo CD que Liza veiga lançou recentemente, onde convivem arias de opera com êxitos de pop-rock. "Encarei esta mistura com cepticismo, até com alguma critica, mas depois achei interessante. Se até os três tenores o fazem...", explica o professor que trabalhou com a aluna os temas clássicos.
Liza sabia que a ideia não era consensual ou sequer apreciada no meio clássico em que começara a entrar, sabia era arricado em Portuga, onde o mercado lirico e inexistente. Mas ela, impulsiva, impetuosa, avançou e tornou-se a primeira soprano pop Portugues. O CD homónimo, gravado com a Orquestra Filarmónica da Républica Checa, junta "Sete Mares", dos Sétima legião, com "La Traviata" de Verdi, "Imagine de John Lennon com o Adágio de Albinoni entr muitos todos em registo lirico. "O meu sonho é viver a cantar opera em Portugal. E isso sim é um desafio"
Revista Unica 22 Janeiro 2005 Texto de Raquel Moleiro

Musa antiga ANTEVISÂO



Quando te ouvi pela primeira vez,
Embalarammeu peito sonhador
Etérias melopeias de um rumor
Só cantado pelos anjos que Deus fez.

Quando te ouvi pela primeira vez,
Eras botão ridente de uma flor,
Que eu antevi, num halo de esplendor,
De que um sopro oriental sería a tês.

E a minha antevisão não me enganou...
Abriu a flor...e o fruto que gerou
È fulcro de um ideal ponto de mira,

Com alvo no vibrar da tua voz,
Fascinio divinal em que o Céu pôs
Os acordes celestes de uma lira.





À Lisa Mara
em 29-XI-2004
> Jaime Umbelino <

Musa antiga - Poemas

"Musa antiga" é o nome de um livro de poemas ...mas de um poeta Torreense muito querido que tenho no meu coração...
Este sabado que passou dia 16 de Fevereiro foi a festa em sua homenagem para a qual tambem fui convidada para cantar um tema uma vez que o Dr. Jaime Umbelino dempre mencionou a Liza nos seus poemas, nos seus livros e no jornal regional o Badaladas!
Já tinha sido avisada desta homenegem mas por a minha mãe que foi encontrada na ruae flou-se no assunto ainda estava eu em digressão na Alemãnha, mas falou-se no assunto por alto e por alto falou comigo tambem a minha mãe pensando que eu sería sempre contactada directamente!
Pois bem fui contactada sim mas para outra situação um dia antes do dia da homenagem ao qual disse que não estaría disponivel mas sim tería disponibilidade para a situação que me interessava, a homenagem ao Dr. Jaime Umbelino...a pessoa que falou comigo estava apenas a tratar de umas das estas e referiu que eu sería contactada pela outra pessoa responsável para combinar o que se faría e pormenores como é obvio.
Pois passou-se uma semana e nada, nem um telefonema, nada...e eu conclui que tinha sido excluida da homenagem e entreguei o vestido é estilista que tinha em meu poder o material de trabalho que necessito tambem não estava comigo.
Qual não é o meu espanto quando no dia 16 me ligam as 15h00 e a pergunta é; " Bom dia Liza, era para saber a que horas vens cantar?"

Posto isto constatei que já estou com uma linha e forma de trabalhar muito profissional, senti-me INCAPAZ de fazer um esforço e cantar á noite uma vez que tinha grande prazer nesta homenagem, mas não, não consegui pois na minha cabeça não consegui visualizar-me a cantar sem teste de som, sem uma ordem de entrada em que esteja expecificada a hora da minha actuação e tudo o que vai haver em cima do palco e os repectivos timing's , realisei que já não estou disponivel para estas situações onde garantidamente irão haver falhas...Não posso, não quero, deixou de acontecer na minha vida como cantora...
Perdão Dr. Jaime Umbelino, com todo o respeito lamento a minha ausencia e lamento sobretudo a falta de profissionalismo .